Ao chegar da escola, a garota entrou correndo na cozinha, agitando
uma folha de papel na mão. “Olhe esta borboleta, é mais linda do mundo é
para você”. Enquanto a mãe terminava os detalhes do almoço, a garota
não parava de falar um minuto e queria que a mãe visse a borboleta. A
senhora enxugou as mãos num pano e abaixou-se para observar o desenho:
“Está linda”, admitiu, mais para satisfazer a filhinha do que
expressando realmente o que sentia. “Onde você aprendeu a desenhar desse
jeito?”
“Não fui eu, mamãe, foi a minha coleguinha. Ela é a melhor desenhista
do mundo. Pedi para ela fazer uma borboleta para você”. Tendo dito
isso, a garota saiu para o pátio para brincar, deixando a mãe sem saber o
que dizer nem como reagir.
Alguma vez você já pensou por que Jesus disse que se não formos como
crianças não entraremos no reino dos céus? As crianças são puras em sua
maneira de agir. Você e eu seríamos capazes de alegrar-nos com o sucesso
dos outros? A minha pergunta é: “Como deveríamos reagir diante do
sucesso dos outros?” Todos sabemos perfeitamente qual deveria ser a
resposta correta. Todos sabemos o que Jesus ensinou. Todos sabemos como é
que o cristão deve agir. Mas a pergunta é se apesar de tudo que conheço
da teoria, sou capaz de alegrar-me com o sucesso das outras pessoas.
A inveja, popularmente chamada “dor de cotovelo”, tem a propriedade
de deformar a realidade, o poder de envenenar a alma. O ser humano,
levado pelo ciúme, passa a ver coisas que não existem e paulatinamente
começa a acreditar naquilo que imagina. Lá no fundo do ser, sabe que
esse sentimento está errado. Então, para justificar o sentimento que não
consegue tirar do coração, geralmente passa a acusar.
Tem Deus o remédio para este tipo de mal? Claro que tem, e a resposta
é Cristo. À medida que O contemplarmos diariamente, à medida que
meditarmos nos traços maravilhosos de Seu caráter e convivermos com Ele,
permitindo que Seu Espírito habite em nós, controlando voluntariamente
as nossas decisões e santificando a nossa vontade pecaminosa, veremos de
maneira quase imperceptível cada dia Seu caráter, reproduzido em nossa
vida.
Façamos deste dia, um dia de comunhão com Jesus. Partamos para as
lutas da vida com a certeza de que Jesus não ficou em casa, mas é uma
presença real e pessoal ao longo de todas as circunstâncias que este dia
possa nos apresentar. (Alejandro Bullon)
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