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Mostrando postagens de 2011

Verdade para nosso Tempo

Voltemos quase dois mil anos até a humilde vila de Nazaré, na antiga Palestina. é meio de semana quando caminhamos pela estrada rua de pedras, passando pelas pequenas lojas com suas portas abertas. Vemos os operários usando suas ferramentas ao passarmos pelas oficinas. E aí, chegamos a uma oficina bem diferente. A frente está muito bem pintada, e a rua foi varrida há pouco. Entramos e encontramos um homem muito gentil, trabalhando como carpinteiro, e ao seu lado um jovem assistente. O rapaz está aplainando um pedaço de madeira, tornando-o liso e reto. Descansa um momento e enxuga a testa. Quando Ele se vira, vemos que tem o porte de um príncipe, de um rei. Claro, Ele é o Príncipe dos Céus. Voltamos no sábado. Mas no sábado a oficina estava fechada. As ferramentas estavam guardadas. A serragem havia sido varrida. Estava tudo calmo. Então notamos que as pessoas caminhavam na direção de um destacado edifício bem no centro da vila. Nós os seguimos e nos sentamos nos f
Uma frase muitas vezes não ... dita, mas que passa na cabeça dos políticos. A política é a arte da impessoalidade . Cada acção é como o instante de uma centelha que escapa da ordem da generalidade. A política é a administração desta ordem. “Que valor tem uma acção face à complexidade do mundo?” Assim argumentam os anestesiados no torpor duplo de um Si [ 1] que é ninguém e de um Mais tarde que é nunca.  A burocracia, criada fiel da política, é o nada administrado para que Ninguém possa agir. Para que ninguém reconheça a sua responsabilidade na irresponsabilidade generalizada. O poder já não diz que tudo está sob controlo, diz pelo contrário: Se nem eu dou conta do recado, imagine-se outro qualquer no meu lugar “. A política democrática está hoje em dia baseada na ideologia catastrófica da emergência (” Ou nós ou o fascismo, ou nós ou o terrorismo, ou nós ou o desconhecido”).  A generalidade, mesmo a de oposição, é sempre um acontecimento que não acontece nunca e q

Punhaladas na Política

A política é a arte da representação . Para governar as mutilações infligidas à vida, a política constrange os indivíduos à passividade, à contemplação do espectáculo montado a partir da própria impossibilidade de agir, a partir da delegação irresponsável das próprias decisões. Então, enquanto a abdicação da vontade de se determinar a si mesmo transforma os indivíduos em apêndices da máquina estatal, a política recompõem numa falsa unidade a totalidade dos fragmentos.  O poder e a ideologia celebram desta maneira o seu funesto casamento.   Se a representação é o que tolhe a capacidade de agir dos indivíduos, dando-lhes em contrapartida a ilusão de serem participantes e não espectadores, esta dimensão do  político reaparece sempre onde quer que qualquer organização suplanta o indivíduo e onde qualquer programa os mantém na passividade. Reaparece sempre lá onde uma ideologia une o que na vida é separado.

Punhaladas na Política

A política é a arte da separação . Onde a vida perdeu a sua plenitude, onde os pensamentos e as ações dos indivíduos foram dissecados, catalogados e encerrados em esferas separadas – aí começa a política.    Tendo afastado algumas das atividades dos indivíduos (a discussão, o conflito, a decisão em comum, o acordo) para uma zona que por si mesma pretende governar — certa da sua independência — todas as outras, a política é ao mesmo tempo uma separação entre separações e a administração hierárquica da existência de separações. Deste modo, a política revela-se como uma especialização, forçada a transformar o problema irresolvido da sua função num pressuposto necessário para resolver todos os problemas.  Exatamente por esta razão, o papel dos profissionais na política é inquestionável — e tudo o que se pode fazer é substituí-los de tempos a tempos. De cada vez que os subversivos aceitam separar os vários momentos da vida e mudar — partindo dessa separação— as condições

Dicas para militantes ateus

Você viu a “luz” e decidiu entregar sua vida à militância ateísta. Muito bem. Agora que você vai lutar por um mundo melhor (livre de crenças religiosas, principalmente o cristianismo), há certas coisas que você não pode dizer ou pensar. Pode até pensar, mas tem que ter o cuidado de nunca dizê-las. Há certos chavões e atitudes que podem fazer toda a diferença em sua vida. Ficam aqui algumas dicas que podem ajudá-lo a ser um militante ateu intelectualmente realizado: 1) Sempre que lhe apresentarem evidências da existência de Deus, diga que é um “argumento do espantalho”, “raciocínio circular” ou “falácia da bifurcação”. Se alguma coisa for transcrita de outro lugar, diga que é “quote-mining”. Se a afirmação for de um evolucionista, diga que “foi tirada do contexto”. 2) Sempre que um cristão disser que “coisas criadas implicam um Criador”, rejeita esse argumento de senso comum, dizendo: “Isso é o velho argumento do relógio de William Paley”. Tome o cuidado de nunca diz c