E não é que aconteceu?
A assembleia dos credores do Grupo JL foi suspensa mais uma vez.
A decisão do juiz Sóstenes Alex se baseia, ressalte-se em um “erro formal”. Que não foi cometido por ele, o magistrado, mas sim pela direção da própria empresa.
O que aconteceu?
Ao determinar a data da assembleia em despacho publicado no Diário Oficial Eletrônico da Justiça, o juiz Sóstenes Alex determinou que o Grupo JL publicasse o edital de convocação em jornais de grande circulação em Alagoas e Minas Gerais, principais estados onde o deputado-empresário João Lyra mantém seus negócios (e deve a perder de vista).
Pois bem.
A publicação foi feita no dia 6 de novembro, como observou um dos credores, o Banco Calyon (francês), fora do prazo legal.
Quinze dias é o prazo mínimo estabelecido pela lei para que seja feita a divulgação do edital. Como a assembléia ocorreria em 19 de novembro… Uma conta fácil de fazer.
Suspensa a assembléia dos credores, quando ela deverá ocorrer?
O juiz Sóstenes Alex, que decretou a recuperação judicial do Gripo JL em novembro de 2008 e a falência as empresas do deputado-empresário João Lyra em julho deste ano, ainda não disse quando ela acontecerá.
A expectativa é de que ocorra só no próximo ano.
Lembrando: a falência do Grupo João Lyra já esta decretada. Os efeitos da sentença é que estão suspensos, em caráter liminar, pelo Tribunal de Justiça – que ainda não julgou o mérito da questão.
Quando isso ocorrerá?
Quando acontecerá a nova assembleia dos credores?
Até o BNDES rejeitou plano de “repactuação” da dívida do Grupo JL
Na semana passada, a empresa de consultoria de Minas Gerais que está tentando repactuar as dívidas do Grupo JL tentou uma última saída.
Seus representantes conseguiram, graças ao prestígio da deputado-empresário João Lyra, da base aliada do Palácio do Planalto, uma audiência com o presidente do BNDES, um dos principais credores do Grupo JL.
O que propuseram?
Um novo plano de pagamento da dívida, maquiado como sendo um “ajuste” ao plano originalmente estabelecido em acordo com a Justiça.
Mas como JL também não é nenhum Eike Batista, o economista (respeitado) Luciano Coutinho disse: “Não!”
Seguiu a orientação dos técnicos do generoso BNDES.
Eles entenderam que “não há novo plano” – apenas colocaram um verniz no antigo.
É a velha história: “Se colar, colou”.
Não foi este, pelo menos, o desfecho da negociação com o BNDES.
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