Juntar
os trapos e ir morar com o parceiro antes do casamento pode parecer uma boa
forma de “testar” se o relacionamento vai dar certo. Mas muitos casais que
passam anos juntos morando debaixo do mesmo teto se divorciam pouco tempo
depois do casamento. Morar junto com um parceiro sem estar casado é uma prática
cada vez mais comum. Só nos Estados Unidos, a coabitação aumentou em mais de
1.500% no último meio século.
Em 1960, cerca de 450 mil casais não casados viviam juntos no país. Hoje, o número é de mais de 7,5 milhões. Estatísticas apontam que a maioria dos jovens adultos na faixa dos 20 anos vai viver com um parceiro romântico pelo menos uma vez na vida, e mais da metade dos casamentos acontecem depois que o casal já mora junto. Essa mudança tem sido atribuída à revolução sexual e ao eficiente controle de natalidade. Além disso, dividir as contas torna a coabitação atraente.
Em 1960, cerca de 450 mil casais não casados viviam juntos no país. Hoje, o número é de mais de 7,5 milhões. Estatísticas apontam que a maioria dos jovens adultos na faixa dos 20 anos vai viver com um parceiro romântico pelo menos uma vez na vida, e mais da metade dos casamentos acontecem depois que o casal já mora junto. Essa mudança tem sido atribuída à revolução sexual e ao eficiente controle de natalidade. Além disso, dividir as contas torna a coabitação atraente.
Em
uma pesquisa realizada em 2001, nos EUA, quase metade dos adultos na faixa dos
20 anos concordaram que só dá para casar com alguém se essa pessoa tiver
aceitado morar com você antes, para que seja possível descobrir se o casal vai
se dar bem dormindo sob o mesmo teto. Cerca de dois terços dos entrevistados
disseram que morar juntos antes do casamento era uma boa maneira de evitar o
divórcio.
Mas
essa crença é contrariada pela experiência. Os casais que coabitam antes do
casamento (e especialmente antes de um noivado ou compromisso) tendem a ser
menos satisfeitos com seus casamentos, e mais propensos ao divórcio. Esses
resultados negativos são o chamado “efeito coabitação”.
Pesquisadores
originalmente atribuíam o efeito coabitação à ideia de que os casais que
moravam juntos tinham ideias menos convencionais sobre o casamento, sendo,
portanto, mais abertos ao divórcio. No entanto, como a coabitação virou uma
coisa comum, estudos indicam que o efeito não é totalmente explicado por
características individuais como educação, religião ou política. Pesquisas
sugerem que pelo menos alguns riscos podem estar na coabitação em si.
Em
parte isso acontece porque a coabitação é algo que “simplesmente aconteceu”
durante o namoro, sem uma decisão pensada de um dos lados. O casal começa a ir
dormir um na casa do outro para ficarem juntos e porque é mais barato e
conveniente. O divórcio também pode ser prático quando o relacionamento não dá
mais certo.
Os
parceiros geralmente têm visões diferentes da coabitação, mesmo que
inconscientemente. As mulheres são mais propensas a ver a coabitação como um
passo para o casamento, enquanto os homens são mais propensos a ver isso como
uma maneira de testar o relacionamento ou de adiar um compromisso mais sério.
Essa diferença pode
criar menores níveis de compromisso mesmo depois que a relação progride para o
casamento. Mesmo assim, homens e mulheres concordam que os
padrões de vida em um casamento devem ser mais regrados do que enquanto eles
apenas moram juntos. [...]
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